Significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens e os complexos ecológicos de que fazem parte: compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.

No campo da conservação e uso sustentável da diversidade biológica, a chamada “agenda verde”, o Vitae Civilis adota a perspectiva de que a proteção de biomas e de seus ecossistemas é fundamental para a garantia de serviços ambientais e sociais, como por exemplo: a produção de água, o equilíbrio micro-climático, a preservação de atributos naturais associados às identidades e formas culturais, a conservação de paisagens e territórios de assentamentos humanos tradicionais e indígenas, entre outros.

É importante também que a sociedade e os governos, nas várias esferas, possam cumprir efetivamente com a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, assinada na Rio-92.

Para isso é preciso ter políticas públicas e iniciativas privadas consistentes com tal acordo internacional. Em 2010, ocorreu em Nagoya, Japão, a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Diversidade Biológica (Conferência das Partes - CoP 10), onde estadistas de vários países tentaram encontrar alternativas para evitar o colapso do meio ambiente.

A relevância do assunto tomou tamanha dimensão que, 2010 ficou marcado como sendo o ano internacional da biodiversidade. Grande parte da discussão girou em torno da segurança alimentar no mundo. Como praticar a agricultura sem causar prejuízos aos ecossistemas? Outro ponto relevante foi a elaboração do protocolo sobre recursos genéticos.

Este, estabelece diretrizes sobre o uso e distribuição eqüitativa dos benefícios derivados dos recursos genéticos, que está vinculado ao conhecimento que os povos indígenas possuem sobre as plantas e microorganismos encontrados em seus territórios e que são insumos necessários para a produção de produtos farmacêuticos e cosméticos.

No Brasil, muitas áreas florestais foram devastadas para dar lugar à plantação de soja. Sem um manejo adequado, a derrubada de árvores afeta a vida de milhares de animais e coloca em risco de extinção inúmeras espécies nativas da flora e fauna, diminuindo a biodiversidade.

As florestas exercem papel fundamental no equilíbrio climático e no fornecimento de água. É necessário criar mecanismos eficazes para conciliar a agricultura e a criação de gado com a preservação dos ecossistemas.

A produção de comida deve estar intrinsecamente ligada à conservação dos recursos naturais. O governo deve investir em programas de produção sustentável de alimentos, economizando água e restaurando terras degradadas que podem ser tratadas a fim de se praticar a agricultura, evitando que outras áreas florestais sejam derrubadas.

Os mecanismos de financiamento da preservação da biodiversidade devem ser definidas na  próxima Conferência das Partes (CoP 11) que ocorrerá em 2012 na Índia.

Antes dessa Conferência, o país será a anfitriã global do Dia Mundial do Meio Ambiente que ocorrerá no dia 05/6/2011. O tema desse ano será: Florestas: a natureza a seu serviço, em que será ressaltada a ligação entre qualidade de vida e a saúde dos ecossistemas florestais.

Os projetos e atividades do Vitae Civilis focados na Biodiversidade abraçam o desafio de obter alternativas de emprego e renda que sejam compatíveis com a conservação da biodiversidade, principalmente quando há forte demanda sobre os bens naturais por parte de populações metropolitanas.

Nesse sentido, ao promover programas, projetos e atividades voltados para o tema Biodiversidade, o Vitae Civilis tem buscado fomentar novas práticas econômicas, as quais promovam uma melhor distribuição de renda, além de serem ambientalmente sustentáveis.

Neste sentido, o Instituto está inserido no processo de transição para uma economia verde e inclusiva, na qual visa equilibrar desenvolvimento com conservação dos recursos naturais.

A difusão de práticas de sistemas agro- florestais, a certificação e o comércio justo, o ecoturismo, a compensação por serviços ambientais são algumas das vertentes de conciliação de conservação e uso social e ambientalmente responsáveis.

Fonte: Portal Vitae Civilis